Sinopse: A série é focada em Shadow Moon, um homem que cumpre três anos de prisão. Faltando poucos dias até o fim de sua sentença, Shadow acaba sendo liberado inesperadamente depois que sua amada esposa, Laura, é morta. Posteriormente, Shadow encontra-se ao lado de um homem chamado Wednesday, que lhe oferece um emprego. Em primeira instância, Wednesday parece ser nada mais que um trapaceiro que precisa de Shadow como guarda-costas. Wednesday está trilhando seu caminho pelos EUA, reunindo todos os velhos deuses, que agora se incorporaram na vida americana, para enfrentar os novos deuses, incluindo os relacionados a mídia e tecnologia, que estão se fortalecendo.

Mitologia, é a religião do outro. 

Deuses só existem por que você crê. 

Deuses sempre precisam de um sacrifício.  

Hoje vou falar da primeira série, original, da Netfix que eu assisti. Um amor chamado Hemlock Grove (2013).

Classificação: Horror/Mistério/Suspense;
Temporadas: 2; renovada para a 3ªT;
EP: 1ªT - 13E; 2ªT - 10E;
Produzida por: Netflix;
Escritor/Criador: Brian McGreevy, Lee Shipman;
Elenco principal: Landon Liboiron (Peter Rumancek), Bill Skargård (Roman Godfrey), Famke Janssen (Olivia Godfrey É a Jean Grey nos filmes do X-Men);
IMDb: 7,3;

Sinopse: "Em uma decadente cidade siderúrgica na Pensilvânia, é descoberto o corpo destroçado de uma jovem. Enquanto a cidade procura pelo monstro responsável pela tragédia, os residentes passam a ser vistos como suspeitos, da nova família de ciganos até o rico clã dos Godfrey. No mundo obscuro de Hemlock Grove, todos têm segredos obscuros."

A primeira coisa que eu quero deixar clara sobre essa série. MELHOR TRANSFORMAÇÃO HOMEM/LOBO, DA VIDA. sério. 
A série foi filmada na Pensilvânia e é considerada um "terror gótico" (não tenha pré-conceitos sobre isso) e tem todo um clima de filme home made de baixo orçamento. Então a Netflix vem te dá um soco no estomago e te lembra quem está produzindo essa série, então ela te trás a linda transformação de homem em lobo, com efeitos tão bons que você sente aquela vertigem de angustia com a realidade daquilo.
Bom, estamos falando sobre uma série de horror, e nada melhor para uma série do horror, do que ela ser filmada em uma cidade pequena, onde todos se conhecem, uma família bem rica dona de tudo, com uma policia corrupta, e um xerife bem bobão, tudo bem clichê. Tudo estava bem normal na cidadezinha até uma família cigana se mudar pra lá. Isso olhando o quadro de uma distância segura. Vamos olhar mais de perto:
- A família rica são os Godfreys eles eram donos de uma fábrica de aço, consequentemente eram donos da cidade inteira, mas ai veio uma crise, a fábrica fechou as portas, e eles entraram no ramo da Biotecnologia. (sério)
- Na cidadezinha pequena e calma tem um lugar chamado Torre Branca, que os Godfreys construíram, e lá acontecem experiências com humanos, bem... estamos falando de horror.
- A família de ciganos não estavam chegando na cidade, e sim voltando para ela. 
- Peter Rumancek é um cigano. Peter sabe o que ele é. O que ele pode fazer. E todas as consequências.
- Roman Godfrey é rico. Roman não sabe que ele é algo. Pensa que é humano. Com privilégios da riqueza.
- Roman tem uma irmã... Digamos que especial. Ela se aproxima de Peter. Roman tem uma prima, que também se aproxima de Peter.
- Roman e Peter em uma amizade, em que eles não se consideram sempre amigos, as vezes rivais. 
- Uma menina é encontrada morta. Em um parque. Estripada. Peter se sente no dever de descobrir o que aconteceu. Enquanto é acusado de ser o assassino. 



Todo o clima da série te deixa meio confuso sobre quando ela se passa, não de uma maneira ruim. Mas não se engane. É no presente. Uma série normal temos que tomar cuidado com o que contamos, para não ter spoiler, uma série de horror, fica mais complicado. Uma série de horror com elementos misticos então, uau, super complicado.

Uma série fantástica da Netflix + uma abertura linda + personagens complicados ou realmente assustadores (JeanGrey SOS), + transformação homem/lobo = Hemlock Grove.

Finalmente colocando em prática o plano de fazer resenhas, mas não venham aqui querendo detalhes técnicos sobre os assuntos, vou fazer as resenhas do melhor jeito mariany de ser. Pretendo falar sobre, séries, filmes, livros, quadrinhos, animes... Deu pra entender né? hahahaha Tanto que o nome das resenhas sempre viram com esse "Precisamos falar sobre...", que se você, meu caro, não sabe, é um trocadilho com o nome de um filme, que também é um livro, Precisamos falar sobre Kevin (2011), mas isso fica para outro dia.

Hoje para iniciar essa fase, minha primeira resenha / indicação é a série que estou viciada no momento, Vikings (2013).

Classificação: Ação/Aventura/História;
Temporadas: 3; renovada para a 4ªT;
Ep : 1ªT - 9E; 2ªT - 10E; 3ªT - 10E;
Produzida por: History Channel;
Escritor/Criador: Michael Hirst;
Elenco principal: Travis Fimmel (Ragnar Lothbrok),  Clive Standen (Rollo Lothbrok), Katheryn Winnick (Lagertha), Jessalyn Gilsig (Siggy), George Blagden (Athelstan), Gustaf Skarsgård (Floki).
IMDb: 8,6

Sinopse: "A série Vikins, nos transporta para o misterioso e brutal mundo de Ragnar Lothbrok, um guerreiro viking e um fazendeiro que deseja explorar -e saquear- as terras so outro lado do oceano. Sua ambição coloca ele em desacordo com o governador local Earl Haraldson, que insiste em mandar seus guerreiros e assaltantes para o empobrecido leste em vez do intocado leste. Quando Ragnar se junta a seu amigo Floki, um construtor de navios, que inventa uma nova geração de intrépidos navios capazes de conquistar os oceanos não explorados, o palco está montado para o conflito. "

Vamos por partes, primeiro: os vikings adoram os deuses nórdicos, (Odin, Loki, Thor, Freyja);
segundo: preciso deixar claro que Ragnar Lothbrok tem a certeza que é um descendente de Odin, e consequentemente que tudo que faz leva o selo "Aprovado pelos Deuses" de qualidade;
terceiro: muitos acreditam realmente que ele é descendente de Odin, e muitos que dizem não acreditar, tendem a ter inveja dele;
quarto: Ele tem um amigo chamado Floki, e você passa a série inteira com a sensação de que ele é uma versão pocket do Loki, e isso não é forçado, é louco mesmo.
quinto: Ele tem um irmão, Rollo, é o cara da força bruta, sem quase nada na cabeça. Ele vive um conflito, já que ama a família, mas se sente rebaixado pelo irmão.
sexto: Ele tem uma esposa, Lagertha, e ela é uma shieldmaiden, pra simplificar, uma escudeira. Mas como estamos falando de vikings, escudeira é bem genérico, mas bem genérico mesmo. Ela é uma guerreira, ela  fica na parede de escudos, a primeira a levar o ataque inimigo, ela é uma valquíria.

A série mostra como os 'bárbaros' lidavam com a fé, com seus rituais, com a vontade de entrar no Valhalla e passarem a eternidade se banqueteando com os deuses. Pode parecer que é uma coisa chata toda essa coisa com os deuses, mas toda essa fé é levada para a série de forma sútil e convincente, os produtores deixaram rastros da presença dos deuses nos episódios, mas nunca aquele foçamento de barra que faz você pensar "Affe, é tudo impossível, tudo muito milagroso" a cada nova cena, tanto que a série não é classificada como ficção.


Bom, é uma série com bárbaros, então, sangue é o que não falta, e os confrontos são sempre lindos de se ver. Todo aquele encanto de escudos redondos, coloridos, e machados sendo enterrados em peitos e sendo arrancados trazendo litros de sangue junto com ele. E, bem, eles são vikings, não usam armadura, no máximo um couro resistente, e olhe lá, Rollo, o irmão, tem cenas sem camisa na batalha, e saindo sempre vencedor. E novamente existem os rituais, toda a obsessão com tranças, e jogarem sangue no rosto antes da batalha. Eles se preparam, e depois matam, e você se questiona como pode achar um massacre tão incrivelmente, incrível.

Ragnar realmente encanta, os produtores deram um empurrãozinho em toda essa misticidade dele, em algumas cenas seus olhos parecem brilhar em contraste com a nebulosidade do clima, do resto da série. E ele é visionário, diferente dos outros bárbaros como ele, que só querem saber de ouro e sangue. Ele tem um interesse pela cultura cristã que faz com que os outros desconfiem dele. E não só desconfiam por conta do seu interesse nos cristãos, sentem inveja, já que ele é um ótimo negociador, e de um jeito ou de outro, consegue o que quer. Vamos dizer, para nós, que Ragnar tem carisma, e para os inimigos dele, que ele é descendente de Odin. É difícil falar sem dar Spoiler, então vou parar aqui, por que mais do que isso já tiraria as surpresas da série.

Resumindo: Deuses nódicos + Sangue + Moral dos bárbaros + Musica foda + fotografia incrível = Vikings.