Sinto sua falta. É, eu sinto sua falta. Sim, eu vou ser a primeira a ceder. Eu quero ceder, quero te dizer, quero poder sentir de verdade sua falta, sem negar, sem esconder. Não quero mais parecer forte. Para que isso? Para nada. NADA.
Todos os dias acordo e checo o celular, com a esperança de ser você a me desejar bom dia. Toda noite vejo você online e meus dedos coçam para te escrever.
Sério. Eu não sou como todos acham. Não tenho esse coração gelado. Não sou desprovida de sentimento, nem de afeto.
Eu só tenho orgulho demais. Eu só penso demais. Eu só não demonstro demais. Mas agora eu quero mostrar. Quero gritar, berrar, espernear. Quero mandar indiretas, quero postar musicas tristes, quero comer chocolate e falar mal de você. Quero que as pessoas sintam pena de mim. Quero que vejam o quanto você me mudou. Quero que vejam o quão sem controle eu sou.
Porque é assim que eu me sinto. Sem controle. Sem abrigo. Sem calma. Sem mar.
Você é meu mar, com fossas abissais e tudo o mais, azul, e sem fim. Eu adoro seu cheiro. Adoro o jeito que fico quando estou com você. Meu mar particular. Eu respiro o cheiro de sal em você.
Mas você não era mar, era onda. E como onda me jogou na areia e me deixou lá. Sem mar.
Sério. Isso faz sentido na minha cabeça. Isso faz falta. Por isso quero te dizer que sinto saudade. Aquela que te faz ouvir Creed. Lana. É por isso que vou ceder. Saudade. Falta.
Mesmo você sendo onda. Faz parte do mar. A onda pode te empurrar para a praia. Mas as vezes se você for insistente o bastante, ela te puxa pra dentro. Para o fundo. Para o mar. E é por isso que vou ser a primeira a dizer, vou insistir, e quem sabe dessa vez, você me mantém, e nos transforma em mar. Sem fim, e azul.